Quando lembro de cada nova muda de afeto que recebo e vejo florescer devagarinho no meu jardim, a lembrança afasta as nuvens momentâneas e deixa o céu à mostra.
Faz um sorriso sereno acontecer em mim.
Acende uma música.
Quando lembro que crescer é, no íntimo, um
exercício solitário, mas que não estamos sozinhos na sala de aula, saboreio o
conforto dessa recordação.
Somos mestres e aprendizes uns dos outros, o tempo
todo. Estudamos, lado a lado, inúmeras lições, mas também criamos espaço para
celebrar os mágicos momentos de recreio.
Às vezes, com alguma leveza, até
descobrimos juntos um segredo libertador: o aprendizado e o recreio não precisam
acontecer separados.
Lembro o quanto as nossas vidas se
entrelaçam amorosamente com outras vidas nessa tapeçaria de fios sutis dos
encontros humanos, em ondas de ternura.
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